TERCEIRIZAÇÃO PLENA

Ontem, após reunião entre Carmem Lúcia e Michel Temer, o STF decidiu pela terceirização plena nos setores públicos e privados brasileiros. Esta decisão abrirá as portas aos políticos para colocarem seus afilhados nos empregos públicos, com a intenção de preencher as vagas e se locupletar dos benefícios que estes cargos trarão ao quinhão político.
O INSS será, com certeza, um dos órgãos mais procurados por trabalhar junto à população na concessão de benefícios previdenciários podendo, a partir de agora, permitir o preenchimento das vagas de concessores aos apadrinhados políticos. O Ministério do Trabalho e Ministério da Saúde terão aprofundamento na política implementada de terceirização plena e extinção.
O STF ganhou reajuste de 16,38% e incorporação do auxílio-moradia que, em cadeia remuneratória (Procuradores, Presidente, vice-presidente, ministros, deputados, governadores, prefeitos, etc.) representará um “rombo” de 8 bilhões de reais aos cofres públicos. O congelamento de investimentos públicos por 20 anos não é para todos os brasileiros? Estaria Temer já negociando o “perdão” jurídico?
Já passamos por cenário igual na década de 90, com a redução de salários aos servidores do utivo e ampla terceirização, onde a vitória se deu nas ruas, nas organizações e nas mobilizações constantes. Vamos manter a nossa organização política, mesmo com tanto combate a ela, e focar na “renovação do Congresso Nacional”.
O servidor aposentado, dependerá muito da nossa capacidade de organização e luta, já que o salário do aposentado está ligado diretamente à luta dos servidores ativos e da organização do SINDIPREV em todo país. A terceirização será uma grande barreira às negociações de salário e carreira justamente por representar força de trabalho com remuneração baixa disposta a trabalhar o triplo de horário do servidor público concursado. Por isso não devemos fraquejar.
Vários parlamentares sergipanos que votaram a favor das retiradas de direitos estão tentando retornar com o nosso voto e é hora de dizer “NÃO”. Cuidado com os candidatos à presidência que pregam a terceirização e privatização.
Servidores ativos, aposentáveis e aposentados deverão permanecer unidos, mobilizados e engajados na reestruturação do INSS.

*Joaquim Antonio F de Souza e servidor público federal (INSS), Economista (UFS), Coordenador Geral do SINDIPREV-SE.

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